A membrana plasmática, também conhecida como membrana celular, é uma estrutura fina, porosa e microscópica que envolve as células de organismos procariontes (como bactérias) e eucariontes (como animais, vegetais, fungos e protozoários).
A membrana plasmática é semipermeável, controlando o transporte e a seleção de substâncias que entram e saem da célula, desempenhando um papel crucial no metabolismo celular.

Funções da Membrana Plasmática
Permeabilidade Osmótica
A membrana plasmática regula a entrada e saída de água nas células, sendo essencial para sua sobrevivência. A água entra e sai livremente através da pressão osmótica, equilibrando o meio interno com o externo.
Permeabilidade Seletiva
A membrana permite e controla a entrada e saída de substâncias além da água. Células especializadas, como neurônios e células musculares, utilizam bombas de íons para funcionar corretamente (como a bomba de sódio e potássio).
Proteção das Estruturas Celulares
A membrana plasmática protege as organelas celulares internas. O núcleo, que contém o DNA, possui sua própria membrana chamada carioteca, com uma composição distinta da membrana celular.
Delimitação do Conteúdo Intracelular e Extracelular
A membrana plasmática delimita o que fica dentro e fora da célula, garantindo sua integridade, metabolismo, equilíbrio químico e sobrevivência. O ambiente intracelular difere do extracelular, essencial para o funcionamento de organismos unicelulares e células de tecidos.
Transporte Ativo de Substâncias
Substâncias vitais, como glicose, são transportadas ativamente pela membrana, um processo que requer energia. A insulina, por exemplo, facilita a entrada de glicose nas células, essencial para evitar diabetes.
Reconhecimento de Substâncias Específicas
A membrana plasmática reconhece substâncias específicas por receptores. Hormônios e neurotransmissores interagem com proteínas de membrana, desencadeando reações internas importantes para o metabolismo e fisiologia.
Resposta Imunológica
A resposta imunológica começa com o reconhecimento de proteínas de membrana. Células do sistema imunológico, como macrófagos, detectam invasores por meio de proteínas de membrana, ativando defesas contra parasitas, rejeição a implantes e alergias.

Estrutura e Composição da Membrana Plasmática
A membrana é composta por lipídios (glicolipídeos, colesterol e fosfolipídeos) e proteínas (glicoproteínas, proteínas de membrana e proteínas de canal), formando uma estrutura lipoproteica.
Os fosfolipídeos possuem uma porção polar hidrofílica voltada para o exterior e uma porção apolar hidrofóbica voltada para o interior, formando uma bicamada que proporciona flexibilidade e elasticidade à membrana. Este arranjo é descrito pelo modelo “mosaico fluido”.
Apenas células animais possuem colesterol, que estabiliza a membrana em baixas temperaturas. As proteínas da membrana têm várias funções, desde o transporte até a transmissão de sinais.

Transporte de Substâncias na Membrana Plasmática
A membrana atua como um filtro seletivo, permitindo a passagem de pequenas substâncias e controlando a entrada e saída de outras. O transporte pode ser passivo ou ativo:
Transporte Passivo
- Difusão Simples: Movimento de partículas de áreas de maior concentração para áreas de menor concentração.
- Difusão Facilitada: Transporte de substâncias não lipossolúveis com a ajuda de proteínas da membrana.
- Osmose: Movimento de água de uma região menos concentrada para uma mais concentrada.
Transporte Ativo
- Transporte em Bloco: Endocitose e exocitose movimentam grandes quantidades de substâncias.
- Bomba de Sódio e Potássio: Movimentação de íons sódio e potássio através da membrana, utilizando energia.
A membrana plasmática só foi claramente visualizada com o advento do microscópio eletrônico, destacando sua complexidade e importância biológica.